pertencimento em ação

um jogo de tabuleiro para transformar culturas corporativas

cliente

empresa líder mundial
em soluções para o agronegócio

pilar de atuação

design de aprendizagem
facilitação

Como engajar líderes e equipes de forma significativa, transformadora, fugindo de palestras e treinamentos tradicionais? Foi com essa provocação em mente que nasceu o Pertencimento em Ação, um jogo de tabuleiro criado para uma empresa global do agronegócio, alimentos e ingredientes. A premissa inicial do jogo é de transformar conceitos abstratos em escolhas práticas e reflexivas.

A fagulha inicial surgiu no time de Recursos Humanos da empresa: um treinamento inovador, diferente de todas as iniciativas já feitas, para abordar temas de inclusão e pertencimento. A premissa do time era clara: algo imersivo, prático e impactante, mas também leve o suficiente para gerar engajamento e, mais importante: ser aderente aos desafios reais do negócio, e não uma fórmula ou respostas prontas.

Para essa proposta desafiadora montamos uma equipe multidisciplinar, formada por especialistas em aprendizagem, designers de jogos e facilitadores de experiências corporativas. Dentro do cliente, também foi criado um time para gerir o projeto e trabalhar em sinergia conosco. O objetivo? Criar algo que fosse mais do que um jogo — uma ferramenta para reflexão e mudança de comportamento.

Criar um jogo exige um equilíbrio complexo (dinâmico, talvez?) entre diversão e propósito. Desde a pesquisa de referências, ora olhamos para jogos que poderíamos ter em nossa coleção pessoal, ora olhamos para relatórios de organizações, pesquisas de tendências e teorias de design de comportamento. Dentre esses universos, uma referência inspiradora saltou aos olhos quando focamos na Teoria dos Jogos: o Dilema do Prisioneiro, uma metáfora poderosa para explorar como decisões individuais impactam resultados coletivos.

Uma vez definido o plano de fundo principal, o passo seguinte foi sobre alinhar o jogo à realidade da empresa. Para isso, foram realizados:

- Grupos focais com colaboradores de diferentes áreas, níveis hierárquicos e localidades, identificando desafios reais relacionados à pertencimento e inclusão;
- Entrevistas com lideranças, mapeando dilemas comuns no dia a dia de quem toma decisões estratégicas; e
- Análises de cultura organizacional, para traduzir os valores da empresa em uma dinâmica lúdica.

Como um jogo ganha vida?

Foram dessa etapas que colhemos insumos para delinear os personagens e as situações que formam o coração do “pertencimento em ação”. Cada personagem do jogo carrega um contexto único, desafiando os jogadores a tomarem decisões a partir de perspectivas que até podem ser diferentes da sua, mas que carregam consigo detalhes e nuances bastante complexas e humanas. Uma curiosidade: até essa etapa, o nome provisório do jogo era “Circuito de Pertencimento”.

Nenhum jogo nasce perfeito, ou sequer pronto — ele é moldado pelas pessoas que o jogam, e aperfeiçoado partida após partida. Nossa equipe, junto da cooperação das clientes, organizou três rodadas de protótipos (ou playtests) em diferentes unidades da empresa, com pessoas convidadas. Aqui, o cliente foi muito assertivo e montou grupos de controle bastante diversos em termos de localidade, cargo, idade, tempo de casa, gênero, raça, origem, orientação sexual, deficiência. A realização dessas rodadas de protótipo trouxeram insights cruciais para ajustes, especificamente acerca de três aspectos principais:

Refinando a experiência com feedback real

conceito e mecânica

Na primeira rodada de prototipagem, avaliamos a compreensão e a dinâmica do jogo. Os feedbacks recebidos foram importantes para: simplificar as regras iniciais; inserir uma dinâmica para que os participantes pudessem se conhecer brevemente, antes de partirem para discussões aprofundadas; deixar o impacto das decisões individuais mais visível no tabuleiro.

narrativa e engajamento

Também testamos se as histórias dos personagens geravam conexão com os jogadores.

Ajustamos narrativas, introduzimos cartas de reflexão e de suporte conceitual e de direcionamentos institucionais, baseados na cultura desejada, para aprofundar e orientar aprendizados importantes.

acessibilidade e escalabilidade

Convidamos com pessoas com deficiência para jogar e testar a dinâmica geral, o que confirmou a necessidade de ajustes como: adição de recursos específicos para jogadores cegos (cartas com braille, materiais de diferentes texturas e/ou formatos); e adaptação de tempos por rodada para que a dinâmica pudesse ser acessível para jogadores surdos.

A jogada final: uma experiência de escolhas e impactos

O jogo evoluiu para uma experiência estruturada de três etapas: uma atividade de aquecimento para que os jogadores se conheçam, 12 rodadas jogadas no tabuleiro, e uma discussão final sobre lições e aprendizados.

Durante as doze rodadas, mais especificamente, os jogadores — que podem estar sozinhos ou organizados em duplas — , precisam decidir se irão intervir ou deixar passar diante de situações que simulam dilemas reais do ambiente corporativo. As escolhas individuais afetam o movimento dos peões no tabuleiro, representando avanços ou retrocessos na cultura de pertencimento.

Elementos como tokens de recursos, cartas de confiança e o “Vale Discussão” adicionam camadas estratégicas e colaborativas à dinâmica, que almeja gerar reflexões sobre identidades, privilégios, empatia e não-omissão. Mas nosso xodó, temos que revelar, são os personagens do jogo. Eles dão vida às histórias que ouvimos na etapa de grupos focais e representam os milhares de colaboradores da empresa. Apresentamos vocês ao Pertencimento em Ação e seus personagens centrais: Azálea, Lírio, Antúrio, Violeta e Floriano.

Multiplicação e escalabilidade

Para levar o jogo a toda a organização, que é composta por dezenas de unidades espalhadas por todo o país, foi criado um programa de multiplicadores do Pertencimento em Ação. Cada multiplicador, após um treinamento realizado por nós, assumiu a responsabilidade de guiar a aplicação do jogo em sua localidade. Isso gera para o cliente a segurança da replicabilidade de aprendizados importantes para a organização.

Cada multiplicador, ao participar do treinamento, também recebeu um manual detalhado, que contempla orientações sobre: preparação da sala e materiais; condução do jogo e discussões importantes de serem endereçadas diante de cada situação; como e quando fazer adaptações para contextos específicos, como se o jogo é aplicado em eventos ou workshops com lideranças.

ficha técnica

Concepção: Malu Lange e Michele Menezes
Design de aprendizagem: Malu Lange
Game design: Fernando Tsukumo e Maurício Gibrin
Design Gráfico: Natasha Higa
Revisão: Malu Lange e Michele Menezes

Resultados

Desde sua implementação, o Pertencimento em Ação tem gerado conversas significativas entre líderes e equipes. Jogadores relatam que a experiência os fez repensar comportamentos, desafiar preconceitos e perceber o impacto de suas escolhas no coletivo.

O jogo também se provou uma poderosa ferramenta de engajamento em encontros de times realizados pela empresa, podendo ter recursos acrescidos que se tornam não só brindes da vivência, como lembranças palpáveis de um aprendizado significativo: uma mensagem vinda diretamente do personagem com o qual jogou.

A experiência completa, assim, não se encerra ao final da partida, mas perdura por toda a permanência do colaborador na organização e é refletida no depoimento da cliente:

“Nossa, que orgulho dessa megaaaa entrega!! Ver tudo isso pronto e o quanto vocês todas se dedicaram é muito satisfatório, dá até um UP na gente. Estou muito feliz com o resultado e tudo que ainda virá depois da multiplicação. ❤️💙Já falei com a participante da nossa unidade, ela está super animada pra multiplicar, adorou participar da formação. Gratidão por tudo!! 💚❤️💙”

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